segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Análise: Tom Clancy's The Division 2

Fala, pessoal. Beleza? Trago hoje para vocês mais uma análise. Desta vez, o jogo é Tom Clancy's The Division 2.

Tom Clancy's The Division 2, ou apenas The Division 2, é um jogo de tiro em terceira pessoa desenvolvido pela Massive Entertainment e publicado pela Ubisoft Game Studios.


 

A HISTÓRIA:

The Division 2 se passa seis meses após os eventos de The Division. Basicamente, em The Division, há o vazamento de um vírus chamado de Gripe do Dólar, bem na época da Black Friday, em Nova York. Milhares de pessoas na cidade são afetadas, muitas vem a falecer e outras passam a lutar pela sobrevivência. Em The Division, o jogador é um agente da Divisão Estratégica Doméstica(SHD), conhecida apenas como Division, ou Divisão.
Após os eventos do primeiro game, no The Division 2, descobre-se que o vírus se chama na verdade de Veneno Verde. Washington é ocupada por grupos radicais diversos, e o agente da Division deve estabilizar a cidade e descobrir quem está por trás desta praga que assolou Nova York e Washington.
Tudo é contado através de itens que você coleta durante o jogo, ecos(gravações do que aconteceu previamente), telefones celulares deixados para trás pelos cidadãos e muitas outras coisas.

O GAMEPLAY:

The Division 2 é um jogo de tiro/RPG em terceira pessoa, com a visão atrás do personagem. O jogo utiliza o esquema de RPG para danos, ou seja, os inimigos são sim esponja de balas, e alguns, dependendo do nivel do personagem do jogador, podem demorar para cair. Tiros na cabeça apenas dobram o dano(ou podem ser fatais se a arma do jogador for MUITO forte), mecânica essa que foi utilizada em Overwatch.
O jogo utiliza também o esquema de nível de equipamentos, nos quais quanto maior o nível, maior o dano, defesa e atributos que esses equipamentos provém.
O jogador deve coletar equipamentos melhores para ficar mais forte e poder sobreviver a fim de completar sua missão como agente da Division.
Além disso, o jogador pode formar esquadrões para jogar com outros jogadores, e esses esquadrões podem ter quatro agentes em missões comuns, ou oito em missões mais tensas. O jogo utiliza o serviço agora conhecido como Ubisoft Connect(antiga Uplay). O gameplay em esquadrão é bem divertido, e os jogadores podem, através deste estilo de gameplay, ajudar um ao outro, cobrindo tarefas que um jogador solo teria de fazer por si mesmo, como escanear inimigos, prover suporte, fogo de cobertura/supressão, etc. Um agente sozinho tem muito problema para lidar com todas essas tarefas, então, é preferível se juntar em grupos. Além disso, o jogo conta com sistema de loadouts, ou seja, o jogador pode configurar seus equipamentos dependendo da tarefa que for desempenhar no time ou se for jogar solo.
O jogo ainda tem as áreas de jogatina Jogador VS Jogador, chamadas de Dark Zone, ou Zona Cega, que são áreas, segundo a história do jogo, onde não se conhece nada sobre, e que foram restritas, por conter objetos e itens contaminados.

O ÁUDIO:

O áudio em The Division 2 é muito bom. Os tiros realmente soam legais, apesar das armas terem sons parecidos, o que não é real. Mas, o jogo não é feito para ser realista, e sim algo para diversão. Granadas soam como granadas, não como as granadas de papelão famosas na série Call of Duty. Ouvem-se gritos dos inimigos ditando estratégias, ouvem-se conversas via rádio com a equipe de suporte da Division e muitos outros detalhes sonoros. É recomendável ajustar o áudio de acordo com o dispositivo de som utilizado, e o jogo tem configurações específicas para TV, Home Theater e Fone de Ouvido.
TV, por exemplo, nivela os sons para que sejam audíveis em alto-falantes de uma TV ou soundbar(muitas TVs dependem de soundbar para som). Home Theater é feito para quem tem AV Receiver conectado ao console/PC. Essa configuração trás todo o alcance dinâmico, áudio em 360º surround em 5.1 ou 7.1 com mixagem Dolby Digital e DTS(dependendo do que estiver configurado. No caso, PCs requerem uma placa de som extra para passar audio Dolby Digital/DTS ao home theater). Já Fone de Ouvido é feito para ouvir em fones, tanto USB, quando pela saida de som do controle/PC estéreo. Fica bem equalizado, e é bom para quem faz livestream ou transmite o game na Twitch, Youtube ou outra plataforma de streaming.

OS GRÁFICOS:

Os gráficos do jogo são bonitos, Washington é bem desenhada no game, texturas bonitas, vento soprando e levando objetos de um lado a outro, neblina, chuva, design bonito dos personagens, etc. O jogo não deixa nada a desejar em consoles(jogo no PS4), mas deve ter uma ótima qualidade em um PC com uma placa de vídeo de ótima qualidade.

OUTRAS PECULIARIDADES:

O jogo utiliza o esquema Left 4 Dead para contar a história. Ele tem a cutscene inicial, que mostra o que aconteceu no primeiro jogo e o que está a acontecer neste, cutscenes entre missões de prioridade e outras secundárias. Mas, o jeito de descobrir o resto da história além do que as cutscenes contam, é andar pelo jogo e ir pegando os itens coletáveis, que são arquivos de texto; celulares com ligações telefônicas gravadas entre vítimas do vírus; ecos, que são gravações com imagens do que aconteceu anteriormente e mostrando dados das pessoas que as protagonizam, etc.
Você, como jogador, acaba vendo histórias de pessoas infectadas pelo vírus, acaba ouvindo as últimas palavras de pessoas que faleceram e mais um monte de detalhes, que deixa The Division com uma grande gama de detalhes na história.
Além disso, outro detalhe do jogo que vem desde o primeiro jogo, são as áreas contaminadas. Áreas onde o personagem é obrigado a usar máscaras de risco biológico com filtros. Nestas áreas, você como jogador, vê corpos de pessoas falecidas, equipamentos hospitalares, descarpacks* jogados fora, etc.


Foto de área contaminada em The Division 2

*Descarpack: Caixa de papelão onde são descartadas seringas e outros itens contaminados ou que contem algum resquício de sangue. São usadas por profissionais da saúde para descartar de forma segura materiais hospitalares.*
Enfim, há muitos outros detalhes interessantes no jogo, além de uma expansão onde o jogador embarca em um helicóptero para Nova York, a fim de capturar um cara importante. Não vou revelar para não ter spoiler.

MICROTRANSAÇÃO:
Hora de falar do "elefante na sala", a famosa Microtransação. Sim, ela está presente em The Division 2, porém, apenas de forma cosmética. Ainda assim, existem. Tem aqueles que compram, e quem não compra. Não é algo que impede o jogador de jogar, como é feito em outros jogos.

HACKS:
Infelizmente, existem hacks sim para The Division, mesmo no console, chamados de Strike Packs, ou CronusMax. XOne nem tanto pela restrição nas USBs, mas PS4 sim, por ter mais abertura nas USBs.

AVALIAÇÃO FINAL:
No geral, eu gostei do jogo, vim do primeiro The Division, então sabia o que esperar no segundo jogo. O jogo é bonito, mantém o mesmo storytelling do primeiro jogo, áudio bom, gameplay legal. Vai dar muitas horas de gameplay para quem gosta.
*Elefante na Sala: Algum assunto que causa controvérsias em vários ramos, chamado assim porque ou se evita falar, ou se fala diretamente para criticar. Ing "Elephant in the Room".

Um comentário:

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